Cisto Tireoglosso

REMANESCENTES DO DUCTO TIREOGLOSSO

Conceito

São resultado de falha no desenvolvimento normal da tireóide, podendo ser representados por cistos ou fístulas situados na linha mediana do pescoço. Sua incidência é igual nos dois sexos, sendo três vezes mais freqüentes que os remanescentes branquiais.

Embriologia

A tireóide se desenvolve na base do "V" lingual, migrando anteriormente, passando por dentro do osso hióide, até se localizar anterior-mente à traquéia. Os remanescentes do ducto tireoglosso mantêm íntima relação com o corpo do osso hióide, ficando em geral ligeiramente abaixo deste ou, raramente, na base da língua. Os cistos podem sofrer infecção e formarem abscessos, com conseqüente drenagem espontânea ou cirúrgica, resultando na formação de uma fístula. Esta pode apresentar episódios de fechamento e recidiva, com drenagem de líquido que varia de mucinoso a purulento.

Quadro Clínico

Tumor palpável na linha mediana cervical, aumentando de tamanho com a protrusão da língua, arredondados, não-dolorosos. Orifício fistuloso na linha mediana cervical.

Tumoração cística na linha média do pescoço.

Diagnóstico

Clínico.
Cintilografia da tireóide para excluir tireóide ectópica.

Tratamento

Excisão da fístula ou do cisto conjuntamente com o corpo do osso hióide, (operação de Sistrunk).

Prognóstico

Bom, quando a cirurgia é realizada corretamente. As recidivas ocorrem quando não há ressecção do corpo do osso hióide juntamente com o cisto e com a fístula. São complicações descritas na literatura a infecção e a malignização para adenocarcinoma (rara).

 

Fonte: Disciplina de Cirurgia Pediátrica da FMTM